segunda-feira, 14 de julho de 2008

Carta de Vinhos



A Carta de Vinhos representa uma espécie de vitrine dos produtos disponíveis. É a carta de identidade da adega.

Hoje em dia pode ser preparada a mão ou até mesmo impressa, mas sempre em forma elegante e legível. Não tem que impressionar o cliente com uma lista volumosa, mas precisa ajudar o cliente na escolha do vinho certo para o seu prato.

É, porque uma vez à mesa chega a tarefa ingrata de escolher o vinho. Enquanto para alguns é uma ocasião especial, para outros a situação é realmente difícil. E infelizmente devemos dizer que dificilmente se recorre ao conselho do sommelier.

Sendo assim, para que o restaurante dê um bom serviço ao cliente, a atenção dedicada a Carta de Vinhos se tornou fundamental.

Todos os produtos descritos na Carta devem estar disponíveis na adega

Depois do grande trabalho para chegar ao compromisso entre o bolso, o gosto, o prato escolhido e o vinho que irá acompanhar o mesmo. Temos a surpresa que a etiqueta escolhida não está disponível. Esta situação é muito fastidiosa e além disso, diante de uma contra proposta, o cliente pode pensar que querem a todo custo orientar a sua escolha de acordo com os vinhos existentes na adega. Por isso a lista deve ser sempre revisada e sempre os vinhos listados devem estar disponíveis na adega, chegando a também a apontar que se trata da última garrafa.

A carta deve ser atualizada sempre

Muitas vezes, se faz o inventário depois das festas ou até mesmo no início do mês.
Mudanças são sempre bem vindas mas não muito radicais e sempre procurando evidenciar os novos produtos.

É sempre interessante ter ofertas

Para as ofertas podemos colocar uma seleção reduzida, um quadro negro ou até mesmo uma lista movél que possa integrar a Carta de Vinhos com os produtos em oferta, tendo assim mais opções os clientes.

A carta vem impostada pela tipologia dos produtos.

Nos restaurantes a Carta de Vinhos vem geralmente apresentada na forma tradicional, ou seja com uma classificação por tipologia e proveniência.



Tipologia/Cor
Espumantes/Proseccos
Branco
Rosé
Tinto
Dessert
Meditação
Denominação
Uvas
Safra
Preço
Disponibilidade em cantina


Em geral, dependendo da categoria do local, a lista pode vir detalhada por região nacional e internacional. Essas versões são destinadas ao público mais preparado, que tenha já uma idéia da garrafa que pretende ordenar, do valor que quer gastar e da tipologia do produto para combinar com o prato.

Mas um cliente menos competente, como pode fazer? E aquele que pretende gastar pouco? Uma solução poder ser a adicão de uma segunda lista, muito mais reduzida, com classificação por estrutura ao invés da proveniência, que tenha também a característica do menu, da peculiaridade do chef e da estação do ano que se encontra:

Estrutura
Espumantes/Proseccos
Branco leve
Brancos encorpados
Rosé
Tintos leves
Tintos encorpados
Tintos estruturados
Dessert
Meditação
Denominação
Uvas
Safra
Preço
Disponibilidade em cantina

Tudo isso ajudará sem dúvida o cliente escolher uma etiqueta sem recorrer como de costume a combinação tradicional ou do território (que convenhamos, vai muito bem...)


A Carta de vinho deve ser prática e levígel
Não deve enchê-la de efeitos especiais, o exagero é difícil de ser administrado e da a idéia quase de uma lista telefônica, enquanto a carta é preferível que se apresente magra e em número suficiente para todas as mesas, assim o cliente poderá saciar a sua curiosidade também depois de ter feito o pedido.

Se a lista é exagerada menos terá lugar para os detalhes, enquanto ao contrário uma seleção limitada dará espaço a elementos que qualificam melhor as garrafas. Somos livres de indicar também a gradação alcoólica, mais precisa ter em consideração que alguns clientes poderão ser intimidados sem razão pelo "% vol" um pouco alto...

A apresentação gráfica e o tipo de paginação deixamos seguramente a criatividade de cada um, tendo em vista que a dimensão das folhas é melhor que seja tipo A4 e que todas as seções sejam facilmente estampáveis e substituíveis.


Vão aplicados preços honestos

Aqui o discurso é mais complexo e não existem verdadeiras e próprias regras fixas, na Itália, por exemplo, a Associação Italiana de Sommelier codificou uma tabela. Segundo a faixa comercial do vinho, será operado um determinado valor:
Linha base * 3,5
Vinho médio * 3
Vinho caro * 2
Vinhos caros de maior qualidade * 1,5

Obviamente esta versão não tem relação nenhuma com a realidade dos fatos, e muito menos com a realidade Brasileira. Tudo dependerá da categoria do local, da oferta do momento e do bom senso de cada um, na hora de estipular o preço dos vinhos na sua Carta.

Boa escolha a todos.
Simone Ferreira
LCB

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